Regresso ao trabalho



Já estão disponíveis as ilustrações que criei para a Imagezoo em www.imagezoo.com

Terra Estranha...


Agora que regressei a Portugal e à rotina diária é que se acentua a sensação de ter entrado noutra dimensão durante as três semanas que estive a viajar pela Islândia. É uma ilha onde abundam os fenómenos naturais e os contrastes de cores e paisagens. Sítios demasiado impressionantes devido às proporções gigantescas de tudo o que nos rodeia. É em lugares remotos como estes, onde ainda reina a força da natureza, que nos sentimos pequeninos e insignificantes. Todas as paisagens são intensas e cheias de vida e energia...

Ali, nas terras mais longínquas, reina um silêncio e uma tranquilidade arrepiantes. Temos a noção clara de que se trata de uma calma aparente, pois a qualquer momento poderá acontecer qualquer coisa e a tensão está sempre presente. Ali não somos indiferentes a nada nem a nenhuma das paisagens. Ali está tudo à flor da pele.

Não é pois de admirar que aquele povo tenha tantas referências a trolls, elfos e outros seres encantados. E não é de admirar também que a música dos Sigur Rós seja como é. Agora consigo compreender aqueles sons. Agora percebo personagens como a Bjork e o cineasta Lars Von Trier.

A Islândia, sendo uma das áreas mais recentes da terra, ainda está em formação. Esta instabilidade natural que contrasta com uma paz presente em quase toda a ilha só pode dar origem a um povo completamente diferente da restante Europa. Um povo que vive muito para si mesmo, tentando adaptar-se às condições geográficas em que se situa. Um povo que, na minha opinião, não se mostra muito acolhedor e simpático no que respeita a turistas. Apenas demonstram indiferença, excluindo alguns casos raros.

A Islândia conseguiu a independência da Dinamarca em 1944, sendo por isso uma nação mto jovem e em crescimento. A densidade populacional aumenta 5% por ano e à volta de Reykjavik já se nota um aumento drástico de subúrbios e zonas de habitação. Eles são poucos (cerca de 270 mil habitantes) sendo visitados anualmente por 300 mil turistas.

Receio que em nome do progresso e do crescimento económico do país, se acabe por destruir, mais cedo ou mais tarde, lugares de rara beleza. Caso disso é a construção da maior barragem europeia no Vatnajökull, o maior glaciar da europa que irá gerar energia apenas para uma indústria de alumínio americana.

A Islândia é um bom exemplo da boa exploração dos recursos naturais. Esperemos que a longo prazo essa mesma exploração não se torne insustentável.

Quem estiver interessado em visitar o país, deve fazê-lo o mais brevemente possível. Só assim poderá entrar em contacto com uma natureza em estado puro.. antes que seja tarde demais...

No entanto não se assustem! O turismo na Islândia está muito bem organizado e existem formas facilitadas de chegar a todos os lugares mais interessantes. As estradas e pontos de interesse estão bem sinalizados. Ao longo das estradas encontram-se frequentemente pequenos parques de merendas, muitos deles com casas de banho limpas e até água quente. Não se vê muito lixo no chão e está tudo bem preservado.

Para além das ideias e imagens inesquecíveis, na mochila vieram também:


- três CDs: o LP de apresentação das Amina que acompanharam os Sigur Rós na última digressão e dois CDs extremamente interessantes grafica e sonoramente do Mugison (one man band).


- estas peças elaboradas com lã islandesa.


- Sei que os islandeses são uma das populações europeias com mais hábitos de leitura mas, ao contrário do esperado, e sabendo que têm mtas lendas e contos populares, não encontrei grandes livros de contos infantis. E também não descobri grandes ilustradores, mas será uma pesquisa a fazer no futuro. No entanto, trouxe este livro que me pareceu interessante.


- e esta fadinha da casa do pai natal...

É muito difícil escolher um lugar que tenha gostado mais em toda a Islândia. Mas eu guardarei comigo lugares especiais como þingvellir (local do antigo parlamento islandês); Jökulsárlón - o lago de gelo e a zona vulcânica Krafla.
E é evidente que nunca esquecerei os encontros com puffins e focas.

Definitivamente, não me imagino a viver num país como a Islândia.
Contrariamente à sensação vivida na Irlanda, ali, em terras islandesas, nunca me senti "em casa", mas sim uma estranha em terra alheia... aquele é mesmo um mundo à parte... uma terra estranhíssima :)

Adeus... Islândia


Amanhã é o nosso último dia aqui na Islândia. Vamos até à Blue Lagoon relaxar e preparar o espírito para o regresso ao trabalho. Quando chegar a Portugal dou notícias e escrevo as ideias levadas desta ilha fantástica e rica em contrastes.

Beijinhos

Krisuvik

Mais uma área extremamente instavel, repleta de fumarolas, pertinho de Reykjavik.

Reykjanes Folkvangur

Aqui está uma reserva natural nos arredores de Reykjavik onde podemos percorrer kms e kms de campos de lava vulcânica. Uma paisagem única!

Passeios junto a Reykolar...

... nos fiordes do noroeste da Islândia

As nossas amigas


As estradas islandesas...

ou melhor dizendo.. os caminhos islandeses. Conduzir nas estradas islandesas já é, por si só, uma grande aventura :)


Grimsey

Uma ilha junto a Hólmavik, onde, segundo consta, abundam Puffins...
Não conseguimos ver nenhum na zona...

Reykjavik... o dia louco da cultura!

Todas as crianças sairam à rua! Mesmo todas! Encontro de carrinhos de bebés na baixa da cidade! Uma loucura! Animacao total, com fogo de artifício e tudo!

Snaefellsjokull...

um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade.

Pôr do sol em Saeberg

Os cinco

Momento mágico com as focas...

"Nestá", um local algures em Hunafjordur, no norte, onde tivemos um encontro maravilhoso com uma colónia de focas. Como não nos podemos aproximar muito não conseguimos grandes fotos. Este será, com toda a certeza, um momento para guardar mto aconchegadinho nas nossas memórias.

Hvitserkur

O Fim do Mundo

Após cerca de 3000 kms percorridos à volta da ilha islandesa, os nossos três companheiros - Paula, Ana e João - regressaram a casa... acho que já estão a rebentar de saudades.

Eu e o Pedro ficamos por cá mais uma semana. No domingo passado (dia 20) aproveitamos para descobrir mais alguns "spots" de Reykjavik. Infelizmente toda a zona costeira junto à baía está a ser invadida por prédios, escondendo as casinhas mais antigas do centro histórico (que já não são muitas). No sábado a cidade tinha comemorado o dia da cultura e tivemos direito a gelados, sumos, medalhas e ainda fogo de artificio! :)

Ontem iniciamos viagem rumo aos fiordes do oeste, a zona mais antiga geologicamente falando, de toda a ilha. E também a área menos turística, menos habitada e de difíceis acessos... quando chegamos a Reykholar (uma pequenissima aldeia) tivemos a sensação de estar mesmo no fim do mundo... é que aqui nem encontramos italianos! E acreditem que eles estao em todo o lado!
Dizem que esta zona é ideial para a observação de aves mas ontem chovia e estava tanto nevoeiro que nao vimos nada.

Hoje decidimos vir ate Hólmavik e está sol! Vamos procurar o museu das bruxarias, alguns trolls e puffins em Drangsnes.

Beijinhos islandeses (especialmente para a Paula, Ana e João) e ate breve!

Beleza alucinante...

Hoje estamos em Akureyri, a segunda maior cidade da Islândia, situada no norte da ilha.. Infelizmente não me é permitido colocar fotos.

Chegamos aqui ontem (14 agosto) directos de uma terra num fiorde (desculpem mas não consigo decorar todos estes nomes estranhos) onde não se passava mesmo nada :) Decidimos fazer uma pequena caminhada e acabamos numa praia deserta.. ficamos à espera de um barco viking mas fomos surpreendidos por uma foca e pela "escolinha" dos patos... sim, os patinhos pequeninos estavam a ter aulas de voo! Lindo!

Durante a viagem de ontem, e apesar do tempo chuvoso, ventoso e mais alguma coisa acabada em "oso", fizemos algumas paragens obrigatórias. A primeira foi na poderosa Detifoss, a cascata que debita mais litros de agua em toda a europa - impressionante!
Mais à frente encontramos uma área vulcânica ainda em actividade chamada Krafla. É um lugar onde podemos visionar restos de lava a perder de vista, algumas crateras de vulcões e fumarolas que nunca mais acabam... cheirinho a enxofre no ar!
A muito custo voltamos a sair do carro para ver a Godafoss (cascata dos deuses).. se há terra onde nao faltam quedas de agua (foss´s) é mesmo a Islândia...
A chuva não parava e não conseguimos ver, com a atenção devida, o lago Myvatn, no qual se encontram formações rochosas e uma espécie de pequenos vulcões.. bem, um lago cheio de ilhinhas :) Faltou o céu azulinho para podermos gozar ao máximo este dia.

Pelos vistos, o verão está a terminar por estas paragens e o frio já se faz sentir (temperaturas a rondarem os 10 graus.. ontem atingimos os 6!) fresquinho! Vai ser engraçado chegarmos a portugal todos cheios de casacos e gorros!

Outro lugar lindissimo foi o lago de gelo cheio de icebergs (13 agosto). Navegamos lá pelo meio e é algo do outro mundo. Os icebergs mais "velhos" já estavam com aqueles tons de azul mágico :)

A sensação geral é de que a ilha está viva e plena de energia. É estranho pensarmos que tudo pode mudar de um momento para o outro. Mas essa é a emoção mais bela e que sé quem está aqui pode sentir.

Espero sinceramente que todos vocês possam estar aqui um dia...

Beijinhos islandeses e fresquinhos!

Lost in Iceland

Depois de percorrer o sul da Islandia, chegamos a zona leste. Amanha partimos em direccao ao norte. Assim que for possivel fazemos um relatorio mais detalhado.
Estamos a adorar! Aqui ficam algumas fotos...

beijinhos islandeses para todos